domingo, 8 de abril de 2012

Doces lembranças de uma Páscoa!

Eu tenho bilhões de motivos para agradecer a Deus, mas hoje vou destacar um em particular. Tenho lembranças muito boas do Natal e da Páscoa, sempre com fartura e muito amor. Meus pais nos ensinaram, desde pequenas o real significado destas datas comemorativas. O Nascimento, Morte e Ressurreição de Cristo, porém não apagaram as figuras pagãs de nossa infância, o papai noel e o coelhinho. Ao contrário, curtiam junto com a gente a magia e fantasia de criança!

Porém, uma Páscoa marcou muito a minha infância e me traz doces lembranças até hoje. Eu tinha sete anos, não acreditava mais tão plenamente no coelhinho, mas ainda ficava um pouco confusa, como éramos inocentes nessa idade! Haviam três meses que minha família se mudara para Ouro Preto, Minas Gerais. Meu pai havia sido transferido no trabalho. Essa era um prática pouco comum nos anos 70, portanto, uma mudança difícil tanto para os adultos, como para as crianças. Por isso, os adultos se ajudavam bastante e eram bastante hospitaleiros. No bairro em que morávamos, Saramenha, 80 % era constituídos por famílias de outros estados, a grande maioria de São Paulo.

Logo na nossa primeira Páscoa longe da família, fomos convidados para um almoço especial na nossa vizinha. Uma família paulista também, reservados, porém muito amáveis. Não me lembro ao certo, mais devia ter por volta de umas 10 famílias no almoço, era muita gente..rs. Porém todas as minhas lembranças foram ofuscadas pelo que houve no final do almoço...rs.

Bem, logo após a refeição, todas as crianças, umas 20 pelo menos, foram convocadas para irem ao jardim, enorme, e com muita vegetação. Todos na expectativa, eu não fazia idéia do que estava por vir! De repente a criançada toda começou a correr e a procurar seus ovos de Páscoa. Eu não fui, fiquei parada vendo toda algazarra. Meus pais se aproximaram de mim e me perguntaram porque eu não ia procurar meus ovos. Eu disse que ali ninguém me conhecia, e que o coelhinho também não sabia quem eu era. Para não me decepcionar, eu preferi nem procurar. Mas minha mãe me incentivou e foi comigo à procura dos ovos de chocolate. Recebi uma cestinha, e no caminho fomos recolhendo ovinhos que estavam espalhados. E para minha surpresa, eu e a Cissi não haviámos sido esquecidas, encontrei os ovos com o nossos nomes.

Adoramos esta prática de esconder os ovos de chocolate, tanto que no ano seguinte meu pai nos despertou para que fossemos procurar nossos ovos. Uma bagunça, e olha que meu pai sabia bem como esconder as coisas...rs. Esse delicioso ritual perdurou por muito anos, só parou quando nos tornamos adultas.

Este almoço foi muito especial para mim, pois descobrirmos uma brincadeira super gostosa para a Páscoa. Porém, muito mais importante, eu estava passando por uma período muito difícil com a  mudança de estado, de escola, de coleguinhas. O fato de ter sido lembrada, achar um ovo direcionado a mim, com o meu nome, me fez sentir pertencente à aquela ocasião. Definitivamente, foi fundamental para a minha formação, pois era um período tão delicado para nossa família, que pequenos fatos poderiam nos levantar ou nos derrubar.

Mais uma vez, agradeço aos meus pais e pela Tia Celeste e o Tio Astrogildo (nossos vizinhos), pelo  almoço de Páscoa, eles não fazem idéia da diferença que fizeram na minha vida.


Beijos e Feliz Páscoa da Teca Maria!!!

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